quarta-feira, 15 de maio de 2013

Sucesso no funk na década de 90, MC Magalhães ganha filme e volta aos palcos


Sucesso no funk na década de 90, MC Magalhães ganha filme e volta aos palcos

As ruas são o verdadeiro palco de MC Magalhães. Enquanto vende balas em Bangu, Realengo e Magalhães Bastos, no Rio de Janeiro, ele canta, dança e recebe gritos em polvorosa, como "aê, Maga", além de buzinadas como aplausos. Mas para quem estava com saudade de curtir o "Rap do trabalhador", sucesso nos anos 90, o ambulante promete pegar hoje o microfone depois de sete anos e colocar, mais uma vez, na boca da galera: "Tomaram minha caixa de bombom-ô, de serenata de amor-ô. Todo mundo duro... Magalhanze".
— Sou feliz, não me falta nada, mas sinto saudade dos palcos e das pessoas cantando a minha música — comemora o MC, que faz sua reestreia no "Baile do Magalhães", criado em homenagem a ele, no Provisório Club, na Ilha.

MC Magalhães canta e faz passinhos enquanto vende balas em Realengo Foto: Freelancer / Agência O Globo
Já nas casas de show da Zona Oeste, ele é figurinha fácil. Sempre a trabalho, como camelô.
— Geral conhece. Ele entra em qualquer boate de graça. Chega com um apito, fica só dançando e pulando. Vende todas as balas rapidamente e vai embora. Nunca o vi sem uma caixa de doce — conta o motoboy Mario Henrique de Lima, de 31 anos, morador de Realengo.
Como toda pessoa pública, histórias não faltam. O boato, por exemplo, de que ele morreu já se espalhou mais de cinco vezes. E cada "volta" é uma festa.
— Uma vez teve uma guerra entre Fumacê e Vila Vintém. Um morto estava com uma camisa parecida com a dele. Vintém ficou uma semana de luto. Quando ele apareceu, desfilou em carro aberto pela comunidade e ainda rolou um churrascão — lembra o motoboy.

A imaginação para criar, inclusive palavras como "tchurunanublaze" e "maroulive", vem de infância.
— Desde pequeno ele inventa palavras, uma coisa maravilhosa que vem da mente dele. E olha que ele teve meningite, o que afetou a cabeça, e é analfabeto. Meu filho é um artista — orgulha-se a mãe Vera Lucia Marcelino, de 62 anos, dona de casa, contando que ele tem cinco irmãos, mora com ela, o padrasto José Luiz Machado e um sobrinho em Magalhães Bastos.
A fama pode chegar também à telona. O cineasta Marcelo Gularte acaba de finalizar o filme documentário "MC Magalhães, uma lenda viva do funk":
— Ele é um patrimônio imaterial da Zona Oeste. Um trabalhador, símbolo de alegria, e superação. Todos gostam dele. As meninas bonitas da região que não dão bola para ninguém falam, abraçam e tiram foto com ele — explica Gularte.
Imortalizado em filme e no funk, o camelô garante:
— Magalhães não morre nunca.

Fonte: http://extra.globo.com/tv-e-lazer/musica/sucesso-no-funk-na-decada-de-90-mc-magalhaes-ganha-filme-volta-aos-palcos-8348675.html#ixzz2Sz8puo4U

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Muito obrigada! Sua opinião é muito importante pra mim.